Os meses ganharam cores para chamar a atenção para algo que não pode passar despercebido. Setembro é amarelo por causa da prevenção do suicídio, mas também é dourado para alertar sobre o câncer infanto-juvenil e, principalmente, para a importância do diagnóstico precoce para aumentar as chances da cura.
Diante disso, como resultado de uma parceria entre o Hospital Beneficente São Carlos e o Instituto Devita de Oncologia e Hematologia, este mês é ideal para a divulgação de que Farroupilha vai ganhar uma unidade do instituto que é referência na terapia do câncer.
As instalações do instituto - criado em 1996, pelos sócios Dr. Ruy Reinert Junior e Dr. Francisco Wisintainer - serão integradas ao Hospital Beneficente São Carlos.
“O Instituto Devita de Oncologia e Hematologia tem criado unidades de atendimento, designadas de INSTITUTO DEVITA CENTRO DE TRATAMENTO DO CÂNCER, nas cidades vizinhas à Caxias do Sul para permitir a oferta de tratamento oncológico, sem perda do amparo da família do paciente, do médico preferido e sem deslocamentos. Entendemos que o deslocamento para fora do domicílio, com suas dificuldades e custos, bem como a perda da atenção profissional por parte dos médicos que acompanham o paciente, criam tensão e sensação de desamparo”, explica Dr. Ruy Reinert, Diretor médico do Instituto.
Contando com infraestrutura que não deve nada às estruturas operacionais de Caxias do Sul e Porto Alegre para aplicação de quimioterapia, imunoterapia e outras terapias oncológicas modernas, será disponibilizado em Farroupilha, segundo o diretor médico, corpo clínico atualizado e de experiência, tanto na parte médica, de enfermagem e especialidades afins como nutrição, psicologia e farmácia clínica.
“Contamos com a vantagem de a unidade estar integrada ao Hospital Beneficente São Carlos, o que garante assistência médica complementar das outras especialidades necessárias para o bom atendimento oncológico, bem como de exames laboratoriais e de imagem. Pela proximidade, todo esse atendimento será realizado em tempo reduzido e com mais eficácia clínica”, complementa Dr. Reinert.
Ele acredita que esse conjunto de benefícios para a comunidade farroupilhense trará ao Devita a satisfação do dever cumprido pela qualificação do atendimento e vantagens aos pacientes decorrentes disso.
A inauguração do Instituto Devita Centro de Tratamento do Câncer, localizado junto ao HBSC, deve acontecer em 60 dias, conforme as previsões.
Setembro Dourado
A ação, liderada pela Confederação Nacional das Instituições de Apoio e Assistência à Criança e ao Adolescente com Câncer (CONIACC), conta com o engajamento de instituições parceiras da oncologia pediátrica que atuam para divulgar a causa.
É fundamental ficarmos atentos, pois segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), até o final de 2020, a estimativa é de que cerca de 8,4 mil pacientes sejam diagnosticados com câncer infanto-juvenil no país, número que representa a primeira causa de morte por doença entre crianças de 0 a 19 anos. No Rio Grande do Sul, esse número fica em torno de 400 novos casos.
O câncer nos mais novos, além de ser confundido com os sintomas de doenças mais comuns, desenvolve-se muito rapidamente. Isso ocorre porque o crescimento da criança estimula o crescimento do tumor, marcado pela proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo.
Os tumores mais frequentes na infância e na adolescência são as leucemias (que afetam os glóbulos brancos), os que atingem o sistema nervoso central e os linfomas (sistema linfático).
Também acometem crianças e adolescentes o neuroblastoma (tumor de células do sistema nervoso periférico, frequentemente de localização abdominal), tumor de Wilms (tipo de tumor renal), retinoblastoma (afeta a retina, fundo do olho), tumor germinativo (das células que originam os ovários e os testículos), osteossarcoma (tumor ósseo) e sarcomas (tumores de partes moles).
Nas últimas quatro décadas, o progresso no tratamento do câncer na infância e na adolescência foi extremamente significativo. Hoje, em torno de 80% das crianças e adolescentes acometidos da doença podem ser curados, se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados. A maioria deles terá boa qualidade de vida após o tratamento adequado.
Sintomas
• Nas leucemias, pela invasão da medula óssea por células anormais, a criança se torna mais sujeita a infecções, pode ficar pálida, ter sangramentos e sentir dores ósseas.
• No retinoblastoma, um sinal importante é o chamado "reflexo do olho do gato", embranquecimento da pupila quando exposta à luz. Pode se apresentar, também, por meio de fotofobia (sensibilidade exagerada à luz) ou estrabismo (olhar vesgo). Geralmente acomete crianças antes dos três anos. Atualmente, a pesquisa desse reflexo pode ser feita desde a fase de recém-nascido.
• Aumento do volume ou surgimento de massa no abdômen podem ser sintomas de tumor de Wilms (que afeta os rins) ou neuroblastoma.
• Tumores sólidos podem se manifestar pela formação de massa, visível ou não, e causar dor nos membros. Esse sintoma é frequente, por exemplo, no osteossarcoma (tumor no osso em crescimento), mais comum em adolescentes.
• Tumor de sistema nervoso central tem como sintomas dores de cabeça, vômitos, alterações motoras, alterações de comportamento e paralisia de nervos.
Tratamento
A cura vai além da recuperação biológica, ela engloba o bem-estar e a qualidade de vida do paciente.
Em patamares biológicos, o tratamento compreende quimioterapia, cirurgia e radioterapia. Lembrando que cada caso deve ser tratado de forma individualizada.
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